Maya Angelou/Benatti
continuo a morrer um vez mais
colapso de veias abertas como os
punhos minúsculos da criança
adormecida.
lembrança de velhos túmulos
carne podre e vermes
não me convencem de que aceitei
o desafio. Os anos
e o frio da perda vivem no fundo
das linhas de meu rosto.
e deixaram aborrecidos meus olhos e
eu continuo a morrer
porque eu gosto de viver.