Sylvia Gabas
Vejo com um certo cansaço determinada gente que se denomina “esquerda” vomitando seu repertório datado, próprio de gente infantilizada que vive em meio à riqueza do mundo moderno e usufruindo de tudo aquilo que o sistema econômico dito predador oferece aos seus mais que mimados habitantes, que nunca, jamais ou em tempo algum passou por situação de real escassez, mas gosta de se ver como uma espécie de revolucionário de boteco, à beira da praia famosa, tomando vinho ou whisky de grife na noite charmosa, onde discute em papos acalorados como distribuir os ganhos dos pagadores de impostos a clientes privilegiados, enquanto reserva para si, “a la Maniqueu”, o título que pensa lhe cair muito bem e que é o de um Francisco de Assis dos tempos modernos. A quem pretendem enganar?