
Luiz Roberto Benatti
A Língua em que me escrevo
jamais esteve em Goa
nem de olho vazado
o mar que aqui se envaza
não se envaza como lá
a Língua em que me escrevo
perde-se em si mesma por sina
quando tento endireitá-la
mal sussurro a semínima
rompo-me de baixo para cima