
Luiz Roberto Benatti
No número 190 da Rodovia Lord Stirling, em Basking Ridge, nos Estados Unidos, fica o Enviromental Education center ou Centro de educação ambiental. Muito dinheiro investido, coisa monumental que funciona perfeitamente bem. Não sei se em 2002 alguém afinado com os irmãos Sahão andou por lá, ficou boquiaberto com o que viu e voltou disposto a fazer aqui na terrinha o que os gringos fizeram por lá. Seja como for, Félix Sahão Jr., em 13 de setembro de 2002, promulgou a lei 3809 que deu por criado nosso Centro educacional ambiental no bosque. Você o viu? Não, porque a estrada do inferno está pavimentada por boas intenções. Além das dependências básicas (quais?), o nosso centro teria sala de projeção com modernos dispositivos e acomodação para 50 pessoas. Tudo muito bem planejado, o mirabolante projeto poria em circulação informações científicas “sobre os elos da cadeia de sustentação do ecossistema da vida de nossas plantas”, de tal modo que cada espécie deveria ser cadastrada, identificada (a ordem estará de acordo com a boa Lógica?) com recursos tecnológicos existentes (enxadão, binóculo, banquinho de madeira); plantas e forrageiras seriam filmadas, cujas características específicas (notaram a sutileza do espírito botânico?) viriam a ser analisadas, estudadas e exibidas. Além do acervo aberto ao público, a prefeitura contrataria os serviços de biólogos (no plural), bioquímicos, médicos veterinários, engenheiros agrônomos, médicos profissionais especializados (profissionais?). Pomposo, faustoso, grandioso. O negócio é pensar tanto o presente quanto o futuro. Temos de ensinar às crianças que o tigre come o braço dos incautos e que o sabiá laranjeira gosta de mamão.Os Sahão gostam de brincar de esconde-esconde. [Para reconhecer os freqüentadores da imagem, vá aos EUA.]