Luiz Roberto Benatti
sempre que ela se cansa de retalhar
guarda-se numa bainha tinta de sangue
no tempo frio do Inverno
ela se enferruja até que a mão ossuda
do magarefe de novo lhe empresta valor
e brilho por que a faca quer ser faca
enquanto houver dúvida sobre quem manda
ou obedece já que a Verdade
é apenas uma baga de suor num lenço desfiado