Luiz Roberto Benatti
abracadabra
não há cãibra
que me enclausure na montanha
flor abscôndida
que a pedra cubra
cacto na penumbra
dois goles de água salobra
sem listras de zebra
na contramanobra
bebo o que sobra
sorvo a sombra da vértebra
e aspiro o vento na álgebra