Luiz Roberto Benatti
A escola pública dos anos 50s foi para o saco. Como a garota do filme, ela se acha interrompida ou perdida na cratera dum vulcão ativo.Na verdade ela quer que a função de transmissora de Informação e Cultura seja transferida para o lar, como se estivéssemos nos confins poeirentos do Velho Oeste norte-americano, Bíblia numa mão, carabina na outra. Os índios eram os cavaleiros do Apocalipse. Se a escola como Jonas foi engolida pela baleia e a seguir vomitada numa praia suja dos tempos sombrios, temos de devolver a criança ao Conhecimento e não brincar de tampinha de refrigerante como se o único espaço de Verdade fosse o boteco.Boteco e alienação. A escola como o mosteiro medieval tem de mostrar à criança que ásperas são as veredas que nos conduzem às estrelas. O mais contém o menos e o menos diria J.G. Rosa lembra osso de borboleta.Não há Transcendência numa tampinha e o plástico não é um brinquedo inocente.A criança tem de dominar os labirintos da Linguagem e os números das dimensões do Homem e não brincar de casinha.