Luiz Roberto Benatti
de repente
a serpente
prepotente
com voz sibilina
gritou irreverente
“sou sábia docente
e você aluno incipiente.
Cale-se, portanto, mau discente”
que faço?
enfio a viola no saco
armo barraco
saio no braço?
bebi todas
fiquei um caco
empesteado
sucateado
bodeado
não quero mais saber de cobra
que a língua salobra
dobra
nem de falsa gravata
no paletó magnata